segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O Hino Nacional Brasileiro Parte 2

bandeira-brasileira

INTRODUÇÃO

A letra do Hino Nacional Brasileiro foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a música, composta por Francisco Manuel da Silva (1795 – 1865).
Osório Duque Estrada e Francisco M. da Silva, autores do Hino.
Escrita em 1909, não é de se admirar que a letra do nosso Hino tenha um estilo bem diferente do estilo atual de literatura, com palavras e expressões que já não se usam hoje em dia e que, por isso, são desconhecidas da maioria das pessoas. Além disso, o poeta colocou as palavras em ordem inversa, o que também confunde os leitores atuais. A finalidade deste artigo é precisamente “traduzir” a letra para uma linguagem atual, evitando, assim, que ela seja cantada sem o entendimento do seu verdadeiro significado. Considerado, por unanimidade, um dos mais belos do mundo, é justo que os brasileiros tenham do seu Hino uma perfeita compreensão.

INSPIRAÇÃO E LETRA

Para escrever a letra do nosso Hino, Duque Estrada inspirou-se na independência do Brasil, proclamada pelo príncipe Dom Pedro, no dia 7 de setembro de 1822. Na edição anterior, tratamos da primeira parte do Hino. Eis agora a segunda parte.
SEGUNDA PARTE
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao Sol do Novo Mundo!

VERSÃO LIVRE

Repousando no continente americano, ao som do mar e sob a luz de um céu infinito, brilhas, ó Brasil, ornamento da América, iluminado ao Sol do Novo Mundo.

INTERPRETAÇÃO

Muita gente critica o primeiro verso dessa estrofe, “Deitado eternamente em berço esplêndido”, alegando que ele dá a impressão de que o Brasil é um país de preguiçosos. No entanto, o “berço esplêndido” ao qual o poeta se referiu é a América do Sul, onde o Brasil repousa
, ao som das ondas do Oceano Atlântico e sob a luz de um céu azul profundo. Ele diz que nossa Pátria brilha como o ornamento principal (florão) da América, iluminado ao Sol do Novo Continente (as 3 Américas, chamadas de “Novo Mundo”, em contraposição à Europa, o “Velho Mundo”)
Do que a terra mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida,”
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Ó pátria amada,
idolatrada,
Salve! Salve!.

VERSÃO LIVRE

Teus campos alegres e lindos têm mais flores do que os campos da terra mais florida; nossos bosques têm mais vida e nossa vida, dentro de ti, tem mais amores. O refrão dispensa explicações.

INTERPRETAÇÃO

Mais elogios ao Brasil, onde o poeta afirma que os campos são mais belos do que os mais belos campos de outras terras, que os nossos bosques têm mais vida e que a nossa vida, aqui, tem mais amores. As passagens “Nossos bosques têm mais vida,” “Nossa vida” e “mais amores” são citações feitas por Duque Estrada do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias. Por isso aparecem, corretamente, entre aspas.
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

VERSÃO LIVRE

Ó Brasil, que estandarte estrelado que exibes seja um símbolo de amor eterno e que o verde e amarelo desta bandeira simbolize paz no futuro e glória no passado. Mas, se entrares numa guerra justa, verás que um brasileiro não foge da luta e quem te adora não teme a própria morte. Entre outras mil terras, tu és nossa terra adorada! Dos que nasceram em teu solo, tu és mãe carinhosa, pátria amada, Brasil!

INTERPRETAÇÃO

Aqui se encerra a letra do nosso Hino. O poeta faz votos para que a bandeira estrelada do Brasil seja um símbolo de amor eterno e que as suas cores verde e amarela signifiquem paz no futuro e glória no passado. Diz ainda que, se o País entrar em guerra, verá que os seus filhos não fugirão da luta, porque que quem o adora não teme a própria morte.

VOCABULÁRIO DA SEGUNDA PARTE

Fulguras: Brilhas, desponta com importância
Florão: (arquitetura) ornamento em forma de flor colocado geralmente no centro de um teto, arco, abóbada etc. (Foto) Joia, preciosidade.

Garrida: florida, enfeitada com flores
Idolatrada: cultivada, amada acima de tudo
Lábaro: estandarte militar usado pelos antigos exércitos romanos.

Ostentas: Mostras com orgulho
Flâmula: Bandeira
Clava: cacete, arma primitiva de guerra, tacape.

DIA DO HINO NACIONAL

É comemorado todos os anos, no dia 13 de abril. A data foi escolhida em homenagem à ocasião em que Dom Pedro I abdicou do trono e a primeira letra do Hino, de autoria de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva (que depois foi substituída), foi cantada pela primeira vez, no cais do Largo do Paço (antigo Cais Pharoux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro) no dia 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal.

CURIOSIDADES SOBRE O HINO

A música do Hino Nacional, composta em 1822, por Francisco Manuel da Silva, tornou-se bastante popular durante os anos seguintes e recebeu duas letras. A primeira foi criada quando Dom Pedro I renunciou ao trono e a segunda, na época da coroação de Dom Pedro II. Ambas as versões, entretanto, caíram no esquecimento. Depois da proclamação da república, em 1889, foi realizado um concurso para escolher um novo Hino Nacional. A música vencedora, entretanto, foi vaiada pelo público e criticada pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca. Esta composição (“Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!…”) seria oficializada depois como Hino da Proclamação da República do Brasil e a música de Francisco Manuel continuou como hino oficial.
Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao Hino. O poema vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, oficializado por decreto do então Presidente Epitácio Pessoa, em 1922 e que permanece até hoje.
Epitácio Pessoa

LEGISLAÇÃO

De acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Além disso, é proibida qualquer outra forma de saudação gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não.
Segundo a Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental, prevista no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter silêncio, conforme descrito acima.
Em caso de cerimônia em que se tenha que executar um hino nacional estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.

O Hino Nacional Brasileiro Parte 1

INTRODUÇÃO

A letra do Hino Nacional Brasileiro foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada (1870 – 1927) e a música, composta por Francisco Manuel da Silva (1795 – 1865).
Osório Duque Estrada e Francisco M. da Silva, autores do Hino.
Escrita em 1909, não é de se admirar que a letra do nosso Hino tenha um estilo bem diferente do estilo atual de literatura, com palavras e expressões que já não se usam hoje em dia e que, por isso, são desconhecidas da maioria das pessoas. Além disso, o poeta colocou as palavras em ordem inversa, o que também confunde os leitores atuais. A finalidade deste artigo é precisamente “traduzir” a letra para uma linguagem atual, evitando, assim, que ela seja cantada sem o entendimento do seu verdadeiro significado. Considerado, por unanimidade, um dos mais belos do mundo, é justo que os brasileiros tenham do seu Hino uma perfeita compreensão.

INSPIRAÇÃO E LETRA

Para escrever a letra do nosso hino, Duque Estrada inspirou-se na independência do Brasil, proclamada pelo príncipe Dom Pedro, no dia 7 de setembro de 1822. Ei-la, na íntegra:
PRIMEIRA PARTE
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
SEGUNDA PARTE
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida,”
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Ó pátria amada,
idolatrada,
Salve! Salve!.
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

EXPLICAÇÃO

PRIMEIRA PARTE
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.

VERSÃO LIVRE

Vindo das margens calmas do riacho Ipiranga, ouviram o grito sonoro de um povo heroico e o sol da liberdade, em raios cintilantes, brilhou no céu da pátria nesse instante.

INTERPRETAÇÃO

O poeta está se referindo ao grito “Independência ou Morte!”, dado pelo príncipe Dom Pedro, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, na tarde do dia 7 de setembro de 1822. Ele interpreta o grito do príncipe como o grito do próprio povo brasileiro (“o povo heroico”) e diz que, a partir daquele instante, o sol da liberdade brilhou no céu do Brasil – referindo-se à libertação do domínio de Portugal.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

VERSÃO LIVRE

Se conseguimos conquistar, com nosso braço forte, a garantia dessa igualdade, agora, livres, nosso peito desafia a própria morte.O refrão dispensa explicações.
Interpretação
O poeta quis dizer que, se com a nossa luta, conseguimos ser tão livres quanto Portugal, nosso peito, entusiasmado, desafia até a própria morte.
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

VERSÃO LIVRE

Oh, Brasil, um sonho intenso, um raio brilhante de amor e de esperança desce à terra, pois em teu formoso céu, alegre e límpido, brilha a imagem da constelação do Cruzeiro do Sul.
Interpretação
Dirigindo-se ao povo brasileiro, Duque Estrada  diz que uma bênção de amor e de esperança desce à nossa terra, porque em nosso belo céu, formoso e límpido, brilha a constelação do Cruzeiro do Sul – símbolo do cristianismo.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!

VERSÃO LIVRE

Gigante feito pela própria Natureza, tu és belo, forte, corajoso, colossal e o teu futuro reflete essa grandeza! Entre outras mil terras, tu és nossa terra adorada! Dos que nasceram em teu solo, tu és mãe carinhosa, pátria amada, Brasil!
Interpretação
O poeta faz aqui um rasgado e entusiasmado elogio às terras brasileiras. Refere-se ao nosso País como um gigante forjado pela própria Natureza (o Brasil é um dos maiores países do mundo, em extensão territorial), chama-o de belo, forte, corajoso e afirma que essa grandeza terá reflexo no futuro grandioso que está reservado à nossa Nação. Diz ainda que, entre milhares de outras terras, o Brasil é a nossa pátria adorada, mãe carinhosa de todos os que aqui nasceram.

VOCABULÁRIO DA PRIMEIRA PARTE

Ipiranga: riacho de São Paulo, às margens do qual D.Pedro proclamou a independência do Brasil.
Plácidas: calmas, tranquilas.
Brado: grito.
Retumbante: som que se espalha com grande ruído.
Fúlgidos: que brilha, cintilante.
Penhor: garantia
Idolatrada: cultuada, amada.
Vívido: intenso
Límpido: puro, que não está poluído
Cruzeiro: constelação do Cruzeiro do Sul.

Resplandece: que brilha, ilumina.
Impávido: sem medo, corajoso
Colosso: gigantesco, enorme.
Espelha: reflete
Gentil: generosa, carinhosa, acolhedora.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Fumei Durante 40 Anos E Parei Há 4. Saiba Como.

De tanto ver pessoas sofrendo, lutando para largar o vício do cigarro, tentando todos os métodos, gastando fortunas com médicos e medicamentos, sem qualquer resultado, decidi escrever este artigo relatando a minha experiência pessoal e a vitória que obtive contra o tabagismo, este que é um dos mais terríveis vícios dos tempos modernos. Achei que talvez o que serviu para mim (e minha esposa) sirva também para outras pessoas.

PRIMEIRO E ÚNICO PASSO

A vontade é a força mais poderosa dos seres humanos. Ela funciona, tanto para o mal quanto para o bem. Pela força da vontade, Adolf Hitler quase dominou o mundo. Pela força da vontade, Cristo perpetuou os seus ensinamentos de bondade e solidariedade. A força da vontade é insuperável e é a base para todas as realizações. Portanto, a primeira e única coisa necessária para você parar de fumar é o desejo, a vontade de parar. Mas não estou falando de uma vontadezinha à toa, que dá e passa, que vem e vai embora. Falo de uma vontade inabalável, originada da convicção de que fumar é uma das coisas mais estúpidas que alguém pode fazer.
Todo mundo sabe que a primeira e única coisa necessária para a recuperação de um drogado é a vontade que o ele tenha de recuperar-se. É por isso que internar alguém contra a sua vontade numa clínica psiquiátrica para livrá-lo da cocaína, do crack ou do álcool dificilmente funciona. Porque, acima de tudo está a vontade da pessoa de continuar com o vício. Há casos em que pessoas internadas a pulso até largam o vício, mas, assim que saem da clínica voltam a usar a droga. Portanto, se você quer MESMO parar de fumar, se seu desejo vem lá de dentro do seu coração, você vai parar. Mas se esse seu querer é um querer mixuruca, puramente intelectual, teórico, vago e indeciso é a mesma coisa que não querer e você vai continuar fumando, dizendo que quer parar, mas, no fundo, mentindo para si mesmo e para os outros.


NÃO É NADA FÁCIL

Mas não pense que é fácil. Não pense que basta querer e pronto, o cigarro cai da sua mão. Não é assim. Eu fumei durante 40 anos e minha esposa durante 35. A vontade de parar é somente uma espécie de vestibular. Eu e ela tínhamos essa vontade, profundamente arraigada em nossas almas, mas, mesmo assim, continuávamos fumando. Acendíamos os cigarros, aspirávamos a fumaça sentindo-nos dois perfeitos idiotas ao fazer aquilo, mas… fazíamos. Conversávamos sobre como a nossa vontade era ainda fraca e sobre a estupidez do vício. Mas, acima de tudo, no fundo das nossas almas, pulsava a VONTADE DE PARAR, mesmo fumando, mesmo sem conseguir parar.



DE REPENTE

Um dia, de repente, não mais que de repente, eu peguei um cigarro para acender e desisti, coloquei de volta na carteira. Não sei como aconteceu, mas, desde aquele instante, nunca mais fumei. Às vezes, sentia vontade de acender um cigarro, mas era uma vontade fraca, relativamente fácil de vencer. Minha esposa, que ainda fumava, perguntou-me como eu consegui e eu respondia “É fácil, basta não fumar…” Dias depois, a mesma coisa aconteceu com ela, o cigarro caiu das suas mãos. Ela sofreu um pouco mais do que eu, mas a GRANDE VONTADE DE LARGAR superou a pequena vontade de fumar e ela parou.

HOJE

Hoje faz 4 anos que paramos de fumar. O cheiro da fumaça do cigarro é absolutamente insuportável para nós e somos capazes de senti-lo a dezenas de metros de distância. Somos capazes de identificar um fumante só dele se aproximar de nós, pelo cheiro acre e repugnante das suas roupas e do seu próprio corpo. Ver uma pessoa colocando aquele rolinho de papel cheio de fumo na boca, acendendo e ficar chupando e soprando a fumaça da boca, para nós é algo absolutamente ridículo e sem sentido, apesar de sabermos que nós mesmos já fizemos aquilo. Não sentimos mais a mínima vontade de fumar, pelo contrário, a lembrança do cigarro nos revolta o estômago e costumamos até comentar como fomos capazes de cometer tamanha estupidez durante tanto tempo das nossas vidas.
Nosso método foi, única e exclusivamente, a VONTADE DE PARAR. Não fizemos nenhum tratamento, não tomamos nenhum remédio, não procuramos nenhuma ajuda exterior a nós mesmos, não usamos nenhum adesivo anti-fumo, nada disso. Única e exclusivamente a VONTADE DE PARAR. E é evidente que se funcionou conosco, poderá funcionar com qualquer pessoa. Mas não esqueça: não é da noite para o dia, demora um pouco, mas você vencerá. Mas só se tiver realmente VONTADE E PERSEVERANÇA. Boa sorte!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Brasil nos dias de hoje…

Outro dia estava no mercado quando vi no final do corredor um amigo da época da escola, que não encontrava há séculos. Feliz com o reencontro me aproximei já falando alto:
- Oswaldo, sua bichona! Quanto tempo!
E fui com a mão estendida para cumprimentá-lo. Percebi que o Oswaldo me reconheceu, mas antes mesmo que pudesse chegar perto dele só vi o meu braço sendo algemado.
- Você vai pra delegacia! – Disse o policial que costuma frequentar o mercado.
Eu sem entender nada perguntei:
- Mas o que que eu fiz?
- HOMOFOBIA! Bichona é pejorativo, o correto seria chamá-lo de grande homossexual.
Nessa hora antes mesmo de eu me defender o Oswaldo interferiu tentando argumentar:
- Que isso doutor, o quatro-olhos aí é meu amigo antigo de escola, a gente se chama assim na camaradagem mesmo!
- Ah, então você estudou vários anos com ele e sempre se trataram assim?
- Isso doutor, é coisa de criança!
E nessa hora o policial já emendou a outra ponta da algema no Oswaldo:
- Então você tá detido também.
Aí foi minha vez de intervir:
- Mas meu Deus, o que foi que ele fez?
- BULLYING! Te chamando de quatro-olhos por vários anos durante a escola.
Oswaldo então se desesperou:
- Que isso seu policial! A gente é amigo de infância! Tem amigo que eu não perdi o contato até hoje. Vim aqui comprar umas carnes prum churrasco com outro camarada que pode confirmar tudo!
E nessa hora eu vi o Jairzinho Pé-de-pato chegando perto da gente com 2 quilos de alcatra na mão. Eu já vendo o circo armado nem mencionei o Pé-de-pato pra não piorar as coisas, mas ele sem entender nada ao ver o Oswaldo algemado já chegou falando:
- Que porra é essa negão, que que tu aprontou aí?
E aí não teve jeito, foram os três parar na delegacia e hoje estamos respondendo processo por HOMOFOBIA, BULLYING e RACISMO.

*Moral da história: Nos dias de hoje é um perigo encontrar velhos amigos.*

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

10 Guerras Absurdas Da História

Não existe guerra justa nem inteligente, toda guerra é estúpida. Mas existem algumas mais estúpidas e sem sentido do que a maioria, chegando até a serem ridículas. Aqui estão algumas delas. Seria cômico se não fosse trágico…

10 – LIJAR X FRANÇA
Em 1883, os cidadãos de Lijar, uma pequena vila do Sul da Espanha, ficaram furiosos quando souberam que o rei espanhol Alfonso XII, enquanto visitava Paris, foi insultado e atacado pelos parisienses. Em resposta, o prefeito da pequena vila, Dom Miguel Garcia Saez, e todos os 300 habitantes de Lijar declararam guerra contra a poderosa França, em 14 de outubro. Não aconteceu nada.
Nenhum tiro foi dado e nenhuma morte aconteceu. Mesmo assim, o “valente” prefeito Saez foi aclamado como o “Terror das Sierras”. Pois bem, noventa e três anos depois, em 1976, o rei espanhol Juan-Carlos fez uma viajem a Paris, durante a qual foi bem tratado pelos habitantes da capital. Em 1981, o prefeito de Lijar comentou que “levando-se em conta a excelente atitude dos franceses”, eles iriam cessar “as hostilidades e o fogo” contra a França (???).
Duração da guerra: 93 anos
Consequências: nenhumas


9 – A GUERRA DO BARRIL
Essa começou no século XIV, em 1325, na Itália, quando uma rivalidade entre os Estados de Modena e Bologna atingiu um nível absurdo por motivo insignificante: um barril de carvalho.
Tudo começou quando uma tropa de soldados de Modena entrou em Bologna e roubou um grande barril de carvalho. Para garantir o orgulho e o barril, a cidade declarou guerra contra a outra. E o confronto durou doze anos, sem que o barril fosse recuperado. Até hoje, o artefato está na torre do sino de Modena.
Duração da guerra: 12 anos
Consequências: desconhecidas


8 – GUERRA DO PARAGUAI
No século XIX, o presidente do Paraguai, Francisco Solano Lopez, era um grande admirador de Napoleão Bonaparte. Ele se achava um grande tático e comandante, mas faltava algo para coroar a sua vaidade uma guerra. Para resolver o problema, em 1864, ele declarou guerra contra três países vizinhos: o Brasil, a Argentina e o Uruguai. Resultado da façanha: o Paraguai quase sumiu do mapa e calcula-se que cerca de 90% da população masculina morreram, em uma guerra praticamente sem motivos.
Duração da guerra: 6 anos
Consequências: 400 mil mortos, a maioria paraguaia


7 – A GUERRA DO CACHORRO PERDIDO
Em 1925, a Grécia e a Bulgária não eram nações amigas. Elas já haviam lutado uma contra a outra na primeira guerra mundial e as feridas não estavam cicatrizadas. Tensões estavam sempre acontecendo na fronteira, principalmente na área de Petrich. O ponto máximo ocorreu em 22 de outubro de 1925, quando um soldado grego correu atrás do seu cachorro fugido e foi morto por um tiro de uma patrulha búlgara. A Grécia clamou por retaliação e invadiu Petrich no dia seguinte. A área foi dominada em pouco tempo, mas as forças aliadas entraram no jogo, obrigaram a Grécia a sair da região e ainda a pagar uma indenização à Bulgária. Dez dias depois eles foram embora, e pagaram 120 mil reais para o inimigo.
Duração da guerra: 10 dias
Consequência: 52 mortos

6 – A GUERRA DE AROOSTOOCK
Essa foi travada entre os Estados Unidos e a Inglaterra na região de Maine, no Norte dos EUA. Depois da guerra de 1812, as forças britânicas ocuparam a maior parte dessa região e declararam-na território inglês. No inverno de 1838, lenhadores americanos cortaram madeira nessa área, provocando a ira dos colonizadores, que convocaram as tropas. Tropas americanas também foram deslocadas, tornando o clima de guerra iminente. Por quase um ano as tropas ficaram a postos, sem que os governos decidissem alguma coisa. Por fim, a Inglaterra optou por devolver sua parte do Maine e as tropas americanas foram recuadas. Apesar de ter acontecido sem combate militar, a guerra de Aroostoock teve centenas de mortes por causa de doenças e acidentes.
Duração da guerra: 11 meses
Consequência: 550 mortos

5 – A GUERRA DO PORCO
Mais uma entre americanos e ingleses. A guerra do porco começou quando um membro da infantaria britânica atirou em um porco que andava no território americano. A milícia local respondeu se concentrando na fronteira e aguardado o movimento inglês. Depois, o exército inglês pediu desculpas e a iminência de guerra cessou.
Duração da guerra: 4 meses
Consequência: um porco






4 – GUERRA DOS 335 ANOS
Essa guerra foi entre a Holanda e as Ilhas Scilly, localizadas perto da costa da Inglaterra. A guerra começou em 1651, mas, assim como muitas guerras da época, não foi levada a sério e logo foi esquecida. Três séculos se passaram até que os dois países finalmente concordassem em assinar trégua, em 1986, tornado essa a guerra mais longa da história, sem que fosse disparado nenhum tiro.
Duração da guerra: 335 anos
Consequência: nenhuma


3 – A GUERRA DO FUTEBOL
Algumas guerras começam com um ataque, outras com um massacre, mas essa foi com um jogo de futebol entre El Salvador e Honduras, em 1969. El Salvador perdeu o jogo e as tensões subiram, até que, em 14 de junho, o exército do país atacou Honduras. Surpresa pela violência súbita, a OTAN determinou um cessar fogo efetivo no dia 20 de junho, apenas 100 horas após os primeiros tiros.
Duração da guerra: 4 dias
Consequências: 3 mil mortos

2 – GUERRA MOLDÁVIA-TRANSNISTRIA
Essa guerra começou logo depois do fim da União Soviética, quando o antigo bloco da Moldávia passou por uma crise. Dois terços do país queriam uma relação maior com a Romênia, mas a outra queria com a Rússia. Como resultado, uma guerra começou. Mas o mais estranho é que os homens que estavam lutando na guerra se juntavam em território neutro, durante a noite, para conversar e beber. Os soldados até faziam pactos de não atirar um no outro, caso se vissem durante o conflito. E isso acontecia quase todas as noites. Um dos soldados escreveu em seu diário: “A guerra é como uma festa bizarra, durante o dia nós matamos o inimigo, e a noite bebemos com ele. Que coisa estranha é a guerra”.
Duração da guerra: 4 meses
Consequências: 1.300 mortos

1 – A GUERRA DO EMU
Essa é talvez a única guerra onde um dos lados envolvidos não era humano, mas animal. Em 1932, a população das aves emu, na Austrália, estava crescendo fora de controle, com quase 20 mil dos animais correndo pelo deserto e causando danos às plantações. Em resposta, o exército australiano enviou um contingente de soldados armados com metralhadoras para matar os emus – e até declararam guerra a eles. O conflito começou em meados de novembro e o que parecia fácil se mostrou complicado: os emus eram muito resistentes e mesmo após vários tiros, continuavam correndo. A guerra emu durou quase uma semana, até que o major Meredith, comandante da força tarefa, desistiu devido à baixa efetividade.
Duração da guerra: 7 dias
Consequências: 2.500 emus mortos.