por Meire Cavalcante
(Marcos Mendonça de Oliveira, Portel, PA)
Como um sanduíche – no qual o vidro faz o papel do pão e o recheio é formado de plástico ou resina sintética. O número de camadas, sua espessura e a composição dos materiais varia conforme o calibre das balas que ele deverá suportar. “A resina e o plástico servem tanto para colar um vidro no outro quanto para amortecer o impacto da bala e impedir que o vidro se estilhace”, diz o industrial Nelson Simões, fabricante de vidros blindados. Depois de pronto, o produto vai para o teste: é literalmente metralhado. “Se passar nessa prova, a receita está aprovada para aquele calibre específico”, afirma Alexandre Luiz Bonato, coordenador do Comitê de Vidros Planos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), entidade que estipula normas para atividades industriais e de serviços no Brasil.
Com o crescimento da violência urbana no país, o uso de vidros blindados aumentou consideravelmente, criando a necessidade de algo inédito por aqui: uma legislação que controle sua fabricação e qualidade. Em parceria com o Exército brasileiro, a ABNT encontra-se hoje na fase final de elaboração do texto que regulamentará os diferentes graus de blindagem e seus respectivos testes.
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